terça-feira, janeiro 27, 2009

Esclarecimento:

Até ao final do corrente mês, encontro-me com algumas dificuldades para aceder à internet. E, como é óbvio, sem acesso à internet não posso actualizar este blogue.

É apenas por essa razão que ainda não falei aqui de alguns acontecimentos ocorridos recentemente nesta cidade de Almada (por exemplo, na sua zona pedonal...).

Fá-lo-ei em breve. Entretanto, tentarei manter actualizado o blogue Almada Cultural e, na medida do possível, também o Almada Cultural (por extenso) e o Debaixo do Bulcão.

Fiquem bem, e voltem sempre!

A.V.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Mensagem para Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos da América:

"Senhor Presidente,


No momento em que V. Exa. assume a presidência de uma nação cujo poder de intervenção no conflito israelo/palestino é decisivo para a sua solução, apelo a que a nova administração norte-americana assuma, por palavras e por actos e com a urgência que a situação catastrófica decorrente da invasão israelita da Faixa de Gaza reclama, uma atitude que contribua para o decisivo estabelecimento de um Estado Palestino independente e soberano, nos termos aliás expressos nas resoluções das Nações Unidas e de acordo com os mais elementares princípios do Direito Internacional, e para uma Paz justa no Médio Oriente."

Este é o texto de uma mensagem apresentada pelo escritor José Saramago, em 18 de Novembro de 2008, por ocasião da Semana da Palestina, promovida pelo MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.

Saramago, Prémio Nobel da Literatura e presidente da Assembleia Geral do MPPM, apelou a todos os portugueses sensíveis ao sofrimento do Povo Palestino, cuja opressão se arrasta há mais de meio século, que enviassem uma mensagem por correio electrónico para a Casa Branca, no dia 20 de Janeiro, data da posse do novo presidente dos Estados Unidos da América, instando Barack Obama a intervir a favor de uma solução justa para a resolução deste problema que é uma afronta para os direitos humanos e uma ameaça para a paz mundial.


Enviar para o endereço
comments@whitehouse.gov
com CC para mppm.palestina@gmail.com

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Bush Bye Bye Party !!!

Hoje, 19 de Janeiro de 2009, está em curso uma grandiosa e mundial festa de despedida a George W. Bush.
A ideia é a seguinte:
(ver vídeo)


E não é piada, não: está mesmo a acontecer!

Informações no site oficial Bush Bye Bye Party (onde se encontra, por exemplo, informação sobre as festas agendadas, ou a decorrer, nos diversos países):
http://bushbyebyeparty.com/home_eng.html

E, como não podia deixar de ser, aqui o Vitorino junta-se à festa:


(pois, acho que vou sair desta a ver a dobrar!...)

Um facto é um facto: tenhamos essa percepção!

Respondendo a um desafio (provocação?) que o PréDatado colocou no seu (dele) blogue, venho aqui hoje escrever umas coisitas sobre o mui polémico acordo ortográfico da língua portuguesa.


Antes de mais nada: não escondo que sou favorável a este acordo (e já o referi antes aqui e também aqui). Como instrumento político para unificar documentação oficial, é muito interessante. É, assim mal comparado, uma espécie de "programa simplex" da língua portuguesa. Acho que todos os magalhães já deviam vir apetrechados com um.


Pronto, agora a sério: concordo, sim, com o acordo. Não me vai fazer escrever de maneira diferente (continuarei a redigir facto e fato, por serem palavras diferentes, mas continuarei a escrever também recepção e reacção... embora, no português de Portugal, esteja a usar consoantes desnecessárias).


É preciso ter em conta que, contrariamente ao que dizem os que são contra, este acordo não vem "alterar por decreto a língua portuguesa". É um acordo ortográfico - logo, só altera a ortografia. E - isto é, a meu ver, o mais importante - altera a ortografia para a aproximar da fonética. Ou seja: daqui a uns anos - quando estivermos todos habituados a isto - deixaremos de escrever em Portugal recepção (passaremos a escrever receção - pois é assim mesmo que dizemos a palavra!). Mas vamos continuar a escrever facto e pacto (porque dizemos facto, e não fato; pacto e não pato!). No Brasil, diz-se fato (e, por isso mesmo, é assim que se escreve) e diz-se pacto e diz-se recepção (logo, os brasileiros vão manter o "c" e o "p" nessas palavras.

Simples, não é?

Refiro estes casos porque, entre as muitas dúvidas que se levantaram em Portugal, uma das mais recorrentes (talvez mesmo a mais recorrente) era saber se vamos passar a redigir fato em vez de facto. (Mas isso é assunto que foi tão debatido, desde os anos 80, que tenho alguma dificuldade em admitir que, hoje em dia, quem apresenta essa "dúvida" esteja mesmo a falar a
sério...).

O que me incomoda e preocupa, realmente, é a adulteração da língua portuguesa pela via das abreviaturas usadas hoje, a torto e a direito, nas msg de tlm e na net (e eu tb as uso, tão a ver?). Porque é assim: abreviaturas sempre foram utilizadas, para escrever mais depressa ou para poupar espaço (veja-se o caso de algumas inscrições lapidares da "idade média"). Mas, até
agora, soubemos sempre separar o trigo do joio: discernir o que é a escrita fluente e o que é escrita abreviada.


Ora - e é aqui que a porca torce o rabo - acontece que alguns professores têm andado a descobrir recentemente, nos textos dos seus alunos, essa tal "linguagem de telemóvel" escrita como se fosse a língua portuguesa correcta. Pior: quando lhes perguntam, os alunos mostram desconhecimento da regra - escrevem assim, porque foi assim que "aprenderam" e, portanto, é assim que está correcto (correto, segundo o acordo ortográfico), para eles!

Bem, e se fossem só os alunos...

Olhem para esta "pérola", encontrada numa caixa de comentários, a propósito de um artigo sobre, precisamente, o acordo ortográfico:

axo k u novo acordo ortograficovai ser algo que só vai trazer complicaçõespara com os alunos e para a população em geral!!!protesto!!!

É para rir? Talvez...
Mas não fui eu que inventei. Está aqui (podem ir lá confirmar):

Na dúvida, consultem também este artigo da Wikipédia:
Está muito completo (tanto quanto um artigo da Wikipédia o consegue ser) e, julgo eu, muito esclarecedor. Explica as alterações à grafia nos diversos países lusófonos, em que casos vamos escrever facto, fato, pacto, pato... Enfim: explica essa coisas todas.


A minha única dúvida - e a grande angústia existencial que este acordo me provoca - não fica, contudo, esclarecida nesse artigo. É esta: afinal, escrevemos cágado ou cagado? E se for um cágado cagado? É um cagado cagado? Alguém me esclarece?

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Emigrar para trabalhar? Que tal emigrar cá dentro?

Agora que Portugal voltou a ser um país de emigrantes - eu conheço muitos, e tenho pena que eles se tenham posto a andar, porque me deixaram só e abandonado (sim, esta é para vocês, Batata, Luísa, vasco e... e pessoal do Teatro Fórum de Moura) - eu agradeço encarecidamente aos amigos que ainda me restam por estes lados que não desapareçam para muito longe. É que eu já não estou naquela idade em que fazemos "novos amigos"... Portanto, pá, se quiserem emigrar, que tal emigrarem cá dentro? Como fizeram, por exemplo, o Jorge e a Andreia: foram para Moura e criaram por lá uma companhia de teatro.

Vem esta conversa mole a propósito de uma coisa importante. É que o Teatro Fórum de Moura tem uma vaga para relações públicas e promoção. Para quem não saiba, Moura fica no Alentejo - aliás, no "Alentejo profundo", como disse, em tempos que já lá vão, o nosso PR (que era, na altura, apenas p-m) - a duas horas da "grande Lisboa". Claro que eles preferem um trabalhador que viva nas redondezas... Mas não custa nada experimentar: os eventuais interessados não têm nada a perder, e têm todo um mundo de experiências novas a ganhar!



Aqui fica o texto enviado pelo TFM:

Procuramos trabalhador(a) para exercer funções de relações públicas, captação e angariação de públicos, assessoria de imprensa, contacto institucional e apoio administrativo.
Damos preferência a pessoal que resida no Alentejo, especialmente na margem esquerda do Guadiana.

Mais info e marcação de entrevista: teatrofmoura@gmail.com
ou 966 706 036/285 254 464
Teatro Fórum de Moura - Associação
R. Cardeal Lacerda, 87860/018 MOURA

terça-feira, janeiro 13, 2009

Quero mais!



(Para hoje, uma posta meio confessional. Desculpem lá estar a fazer de vós o meu confessionário. Ou o meu padre...?)


Reza a lenda, ou a história (e a RTP confirma: vídeo aqui) que os Xutos e Pontapés fazem hoje 30 anos. Ou melhor: que há exactamente 30 ano (em 13 de Janeiro de 1978, portanto) os Xutos fizeram o seu primeiro concerto, na tão popular quanto mítica colectividade lisboeta que dá pelo nome de Alunos de Apolo.

Ora, desta banda (que era de Almada e hoje é de todo o lado e de sítio nenhum) eu só poderia dizer coisas boas. Foram, e ainda são, uma das minhas referências. Mesmo quando vieram com o tão mal-amado Gritos Mudos (na altura, em 1990, a piada era "gritos mudos, orelhas moucas"!), eu nunca deixei de gostar deles. Aliás, são precisamente desse álbum alguns dos meus temas preferidos: Gritos Mudos, Pêndulo... E do ábum seguinte, Dizer Não de Vez, a Velha Canção da Cortiça, a Chuva Dissolvente e O Que Foi Não Volta a Ser - hoje clássicos, mas muito mal recebidos... - foram, para mim, mais alguns "hinos", a juntar aos que vinham de trás (como, por exemplo, o Homem do Leme, Remar Remar, ou Longa se Torna a Espera).

Mas, por acaso, posso até dizer que já os conhecia ainda antes disso. Logo no primeiro single: lado A Sémen; lado B Quero Mais.

Quero Mais que, também por acaso, é outro dos "hinos" da minha juventude - canção que - pobre de mim! - me veio a acompanhar ao longo da vida e... Ah, pronto, já chega por hoje.


Fiquem lá com esta:




encontrada neste canal:
http://br.youtube.com/user/bakinho

Xutos e Pontapés - alguns "clássicos"

Chuva dissolvente
em http://br.youtube.com/user/TataComuna



Pêndulo
em http://br.youtube.com/user/actozeros



Homem do Leme
em http://br.youtube.com/user/visionariotv




Sai prá rua
em http://br.youtube.com/user/universalmusicpt





O que foi não volta a ser
em http://br.youtube.com/user/Jotagix

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Uma "breve História da Palestina"

Visões da história recente, da criação do Estado de Israel e dos antecedentes do conflito israelo-palestiniano. Dez minutos de História, numa perspectiva não-sionista e não-imperialista.

Israel ataca o Hamas!?... Pois... Mas sabemos nós o que é, afinal, o Hamas?


Para o Estado hebraico, o Hamas é um grupo terrorista que usurpou o poder na Faixa de Gaza e bombardeia constantemente as cidades israelitas. Para os palestinianos (particularmente para os que residem nessa superpovoada Faixa de Gaza), o Hamas é, além de um Governo eleito, uma instituição de solidariedade social, que apoia e protege os mais desfavorecidos da sociedade.

E é. As duas coisas: amigo do seu amigo e inimigo do seu inimigo.

Apesar de estar no poder, o Hamas não tem uma lógica de "partido político", tal como nós o entendemos, nem mesmo (julgo eu) de "movimento de libertação" tal como, por exemplo a OLP, entendia. Declarou a Israel uma guerra sem tréguas e, aparentemente, não aceita nenhuma solução diplomática para a criação de dois Estados (Israel e Palestina) com relações de boa vizinhança (contrariamente ao que acabou por fazer, por exemplo, Iasser Arafat).


Mas - ironia que já cá faltava - este encarniçado inimigo de Israel foi apoiado, no início, por quem? Exactamente: pelo Estado de Israel. E para quê? Pois claro: para enfraquecer a OLP.

Entretanto, vamos recebendo notícias da ofensiva militar israelita sobre a Faixa de Gaza. Mas - como habitualmente - a história nunca é bem contada. Há sempre omissões, incorrecções e "pontas soltas" (para não falar de casos em que há apenas manipulação dos factos...).

É importante - sempre! - diversificar as nossas fontes de informação.

Aqui ficam três artigos - encontrados, respectivamente, num blogue de um jornalista brasileiro a residir nos EUA, num portal brasileiro e num órgão de comunicação social alemão - onde se tenta perspectivar o actual conflito, olhando para o passado recente de Israel, da Palestina e do Hamas:


"Uma História do Hamas", por Pedro Dória


A indignação de parte a parte é importante. E compreensível. Mas há vários sinais ocorrendo em Gaza que boa parte da cobertura jornalística não está pegando.
Por que, por exemplo, o Hizbolá não está atacando Israel do Líbano?
Por que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que por muito menos já ameaçou Israel das piores formas, anda tão ameno em seus discursos das últimas semanas? (Diz que o Hamas está ficando mais forte e não passa disso.)
Precisamos compreender o Hamas: de onde vem, e o que é hoje.
Israel informa que está atacando o Hamas, em Gaza, neste momento. As vítimas, no entanto, são palestinos. Morrem às centenas.
Alguns – muitos – não têm qualquer ligação com o Hamas. Mas como declaradamente o ataque é ao Hamas, aqueles que tomam as dores das vítimas defendem o Hamas; e aqueles cujo coração bate por Israel sugerem que quase todos os mortos são do grupo.
O Hamas, no entanto, não representa todos os palestinos. A se contar as pesquisas eleitorais de dezembro, em 2009 46% dos eleitores em Gaza planejavam votar no Fatah e apenas 32% no Hamas. Levando-se em conta também os eleitores na Cisjordânia, a outra parte da futura Palestina, a derrota eleitoral do Hamas seria de acachapantes 42 a 28%.
O que é, então, o Hamas?
É o grupo que, durante muito tempo, recebeu dinheiro da Arábia Saudita. É o grupo que durante anos foi parcialmente financiado por Saddam Hussein. São aqueles que se sustentam, hoje, com o dinheiro do Irã.
Mas, antes de tudo isso, é o grupo financiado de nascença por Israel. E esta que segue é sua história.




"A história do conflito entre Hamas e Fatah", em Último Segundo


O Fatah do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e os islamitas do Hamas no poder têm uma longa história de rivalidade e conflitos. As tensões e os conflitos armados entre os partidários dos dois campos nos últimos tempos marcam o auge de quase 20 anos de desentendimentos.
(...)
Os problemas atuais têm sua origem no combate mais amplo que opôs, durante quase meio século, uma corrente nacionalista pan-árabe, liderada por Jamal Abdel Nasser, a um movimento islamista, dominado inicialmente pelos Irmãos Muçulmanos Egípcios.
Nos territórios palestinos, a batalha começou no início dos anos 1980 nos campus das universidades, entre membros dos Irmãos Muçulmanos, que vão criar no fim de 1987 o Hamas, e os nacionalistas do Fatah, fundado em 1959 pelo líder histórico dos palestinos, Yasser Arafat.
A primeira intifada (1987-1993) lançou os dois campos numa primeira luta pelo poder e em confrontações diretas, o Hamas contestando a supremacia da Organização para a Libertação da Palestina (OLP, que agrupa todos os movimentos nacionalistas) na luta pela libertação nacional.
O jovem Hamas, criado pelo xeque Ahmed Yassin, que pregava a destruição de Israel, realizou nesta época seus primeiros ataques contra Israel, recusando o combate ao lado de outros movimentos e, sobretudo, a ajuda do Fatah.
A verdadeira ruptura ocorreu em 1988, quando a OLP reconheceu o princípio de dois Estados, um israelense e outro palestino, vivendo lado a lado. A divisão entre os grupos tornou-se ainda mais evidente em 1993, quando da assinatura dos acordos de Oslo sobre a autonomia palestina, criticados pelo Hamas.



"Saiba o que é o Hamas", em DW-world


O Hamas é, ao mesmo tempo, um partido político e um movimento militar, as Brigadas Qassam. São elas que organizam os ataques com mísseis contra Israel.
Para muitos palestinos, entretanto, trata-se de uma organização beneficente, que presta ajuda e assistência nos lugares onde a Autoridade Nacional Palestina (ANP) falha.
Foi também graças à atuação do Hamas que foram inaugurados hospitais, jardins-de-infância, escolas e pontos de distribuição de sopa nos territórios em conflito, o que permitiu que a organização ganhasse amparo junto à parte pobre da população palestina.
O Hamas virou um partido político em 2005. Em janeiro do ano seguinte, venceu as eleições parlamentares palestinas, derrotando o Fatah e ficando com a maioria das cadeiras.
Em junho de 2007, a chamada Batalha de Gaza resultou na expulsão do Fatah da Faixa de Gaza, que passou a ser controlada pelo Hamas. Em resposta, o presidente palestino, Mahmud Abbas, retirou representantes do Hamas do governo da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia.




Mais algumas fontes de informação:
Hamas, Democracia e Paz
Imagens da Palestina, actualizadas, num canal árabe israelita noYoutube:
http://br.youtube.com/user/tvcabo777
Al Jazeera, em inglês, no Youtube:

terça-feira, janeiro 06, 2009

Um poema palestiniano:


Vós homens
E vós mulheres
Todos vós, xeques, rabinos, cardeais,
Vós enfermeiras e operárias têxteis,
Tanto tempo haveis esperado
E o carteiro ainda não chegou
Trazendo as ansiadas cartas
Através dos ressequidos
Arames
Farpados


Homens
Mulheres
Não espereis mais, não espereis
Arrancai as roupas da vossa noite
Escrevei as vós mesmos
As cartas das vossas esperanças


Samih al-Qassim

autor palestiniano citado por Emil Habibi, no livro
"As estranhas circunstâncias do desaparecimento de Saíd Abu Nahs O OPTISSIMISTA" - Edição portuguesa: Editorial Caminho, Lisboa, Setembro de 1985.

"O optissimista", escrito entre 1972 e 1974, foi publicado originalmente na edição árabe do jornal Al-Ittihad (órgão central do Partido Comunista de Israel), como um "romance epistolar", publicado nas páginas do periódico, uma carta de cada vez. Foi traduzido por António Bento Guimarães a partir da versão francesa, "L'Optissimiste", de 1980. A capa - de que reproduzo um pormenor - é de António Domingos.

(Espero voltar a este livro, com divulgação de excertos do romance propriamente dito.)